sexta-feira, 16 de julho de 2010

Do Blog do Celso Jardim: Serra prova que o nada existe

Ao se pensar no “nada”, associamos em nossa mente a ausência de qualquer coisa que seja, o vazio absoluto. O nada foi pensado como conceito pelos filósofos que questionavam inclusive se "o nada existe?".
Ao definir o nada como a ausência de qualquer coisa, então do próprio existir, Kant apresentou a existência do nada como um "pseudoproblema", uma falsa questão. Sartre vai tratar o nada em oposição ao ser, que é o existir de algo.
Fisicamente é preciso distinguir três coisas: o vácuo, o vazio e o nada. O vácuo é um espaço não preenchido por qualquer matéria, nem sólida, nem líquida, nem gasosa, nem plasma, nem mesmo a matéria escura.
O vazio seria um espaço em que não houvesse nem matéria, nem campo nem radiação. No nada não existe nem o espaço, isto é, não há coisa alguma nem um lugar vazio para caber algo.
Depois de tantas definições para não dizer nada, descobri o que é o "nada", são as propostas e o discurso de José Serra. Que fala um monte de coisa e não diz nada com nada.
Serra recentemente disse “É deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil. Não aceito o raciocínio do "nós contra eles". Não cabe na vida de uma nação”.
O candidato sem rumo, José Serra, acha que é possível com um discurso esconder a miséria e a concentração de renda que ainda existe em nosso país, mesmo com a mobilidade social desenvolvida pelo governo do presidente Lula.
Ele acha mesmo que a ditadura militar não privilegiou as elites e a concentração de renda, pois está ao lado de quem sempre a defendeu. Ele acredita que as desigualdades sociais ocorrem pela geração espontânea, que aparece do nada. Será que ele assumiu o discurso de que os pobres são pobres por que não trabalham ou porque não encontram emprego.
Serra rasga todos os consensos históricos sobre as desigualdades absurdas que se implantaram no Brasil. Serra acredita que a concentração fundiária, o coronelismo e os desequilíbrios regionais são frutos do acaso, do nada.
Na realidade, Serra está dando um recado para a elite que perdeu privilégios nos últimos anos: "me elejam e eu acabarei estas políticas de enfrentamento das desigualdades".
Elas não devem continuar! Pelo menos, Serra é claro. Não esconde suas motivações, mesmo não dizendo nada com nada.
José Serra nem parece que começou a militar na política na pior época da história do país, no início da década de 60, os momentos que precederam o golpe militar, e a pressão que a UDN exercia, os líderes udenistas atacavam duramente e o tempo inteiro toda a legislação social e trabalhista brasileira da época. Isso levou o pânico às classes trabalhadoras.
A UDN hoje está viva, na pele dos demos e na cabeça dos tucanos, a nova UDN, formada pela aliança PSDB-DEM, União Dos Neoliberais.
Pretendem ganhar as eleições para executarem exatamente tudo ao contrário do que o governo Lula fez e conquistou, entre eles os resultados positivos na mobilidade social. O que os demotucanos querem é enganar a classe trabalhadora, ao tentar se apoderar de ações e projetos que não lhe pertencem e nem criaram.
Declaram ser contra as iniciativas e tudo que dá certo no governo do presidente Lula, Política externa, Mercosul, Crescimento econômico com distribuição de renda, Bolsa Família, ProUni, Trem Bala, Agricultura Familiar, Pré-Sal, Os sindicatos dos trabalhadores, entre outros.
Os demotucanos compõem a nova UDN, União dos Neoliberais, se posicionam politicamente através de quem os representa, o seu candidato José Serra, que diz em seus discursos que é contra tudo, sem propor nada.

Postado por Blog do Celso Jardim às 08:59

terça-feira, 6 de julho de 2010

Do Vi o Mundo: Paraguaios, argentinos e japoneses sabem perder

5 de julho de 2010 às 12:22


por Luiz Carlos Azenha

A Argentina perdeu de 4 a 0 da Alemanha. Futebolisticamente, foi humilhada. Os jogadores da Argentina e o técnico Maradona foram recebidos com festa em Buenos Aires. Houve e há muitas críticas ao Maradona, ao Messi e à seleção. Mas houve respeito com os jogadores e com o técnico que representaram o país na Copa, a partir da óbvia constatação de que nenhum deles entrou em campo para perder.
No Paraguai, o presidente Lugo condecorou os jogadores, inclusive o atacante Cardozo, que perdeu um pênalti na partida decisiva contra a Espanha.
No Japão, um governante local decidiu condecorar Komano, o jogador que chutou no travessão um pênalti decisivo contra Gana, tirando a seleção da Copa.
No Brasil? No Brasil o centroavante Ronaldo mandou mensagem no twitter sugerindo que Felipe Melo não viesse passar férias no país; no Brasil repórteres cercaram a casa de Felipe Melo para … esperar que ele fosse esquartejado? ; no Brasil o jornal O Globo promoveu antecipadamente o “assassinato de caráter” do técnico da seleção brasileira, enquanto omitiu de seus leitores que havia uma disputa de bastidores entre a TV Globo e Dunga por acesso aos jogadores.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Do Adnews: Dunga e a ética jornalística

Alberto Luchetti
24/06/2010
- O que Dunga está fazendo de errado na África do Sul para merecer tantas críticas?
Se você, leitor do AdNews, responder essa pergunta falando de futebol, posso até concordar com algumas afirmações, como por exemplo: Dunga não convocou tal jogador; preferiu escalar fulano de tal na mesma função de outro que considero melhor; optou por um profissional com características diferente das que eu acredito serem as melhores; mandou o centroavante – como fez o técnico de Camarões - jogar de lateral direita; ou até qualquer outra observação nesse sentido. Isso até posso aceitar. Mas não é isso o que está acontecendo.

Dunga está sendo duramente criticado por não permitir privilégios a um veículo de comunicação em detrimento de outros.
O texto em negrito merece tradução. Dunga não deixou, não está deixando e não deixará a Rede Globo tomar conta dos jogadores e de toda a comissão técnica da seleção brasileira.
A Rede Globo não pretende fazer reportagens com a seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol, o que ela deseja é entrevistar com exclusividade jogadores e todos os integrantes da comissão técnica, quando desejar e a hora que pretender. E, para isso, utiliza de todos os artifícios de que dispõe.
No último domingo, após a vitória do Brasil, enquanto festejávamos e Maradona reclamava do golaço de Luiz Fabiano com o auxílio do braço esquerdo, a Rede Globo tramava nos bastidores contra o técnico Dunga e tentava alterar as regras propostas pelo treinador brasileiro.
Diretores da emissora carioca, no Brasil e na África do Sul, ao telefone, exigiam entrevistas exclusivas com os protagonistas da partida - Kaká e Luiz Fabiano – para o Fantástico, programa dominical da Rede Globo que agoniza em audiência há anos.
Diante da negativa de Dunga, que segue sem alterar suas determinações de não privilegiar ninguém, a Rede Globo apelou. Sem nenhuma ética jornalística, os diretores da emissora telefonaram para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e exigiram sua interferência contra as orientações de seu funcionário e técnico da seleção brasileira.
Teixeira nada conseguiu como principal pauteiro e produtor da Rede Globo. Dunga manteve-se irredutível. E o resultado foi transmitido em rede nacional. Dunga perdeu o controle. Acabou sobrando para um jornalista da Rede Globo, durante a entrevista coletiva, que foi ofendido. No Fantástico a emissora carioca fez um editorial mentiroso culpando apenas Dunga pelos acontecimentos. Em nenhum momento relatou a sua participação e a sua falta de ética no episódio.
O que a Rede Globo deseja de Dunga não é jornalismo. É tráfico de influência.
Esse negrito do texto também necessita de tradução. Mal acostumada pelo regime militar, a Globo e seus funcionários ainda acreditam que o tráfico de influência facilita o trabalho jornalístico. Esse método não ajuda e sim compromete. Em troca de favores, a Rede Globo une o seu jornalismo a amorais, como o seu Ricardo Teixeira. Além disso, como a Globo gastou milhões para comprar os direitos de transmissão da Copa, acredita que pode tudo e com todos.
Esse episódio, acreditem, decretou o fim da era Dunga na seleção brasileira. Ganhando ou não o campeonato, Dunga não será o técnico em 2014 na Copa do Mundo no Brasil. A Rede Globo não deixará. A pouca visibilidade que os patrocinadores da seleção e da emissora tiveram nessa Copa da África em razão das regras de Dunga será fatal. Isso sem falar na falta de moral do presidente da CBF.
Dunga foi, está sendo e será até o final da Copa da África muito mais firme, coerente e seguro em suas determinações, do que a Rede Globo em cumprir princípios básicos da ética jornalística.
Prova ainda maior do autoritarismo, prepotência, arrogância e incoerência da emissora carioca é o que se seguiu. Solicitada por vários veículos de comunicação, para liberar o seu principal locutor esportivo, Galvão Bueno, para uma entrevista sobre a febre do twitter "Cala a boca Galvão" a Rede Globo negou e alegou que o locutor precisava de concentração para poder transmitir as partidas.
Se para falar tanta besteira e para cometer tantos erros na transmissão dos jogos Galvão ainda precisa de concentração, imagine você leitor, o que não será necessário fazer com os jogadores que estão disputando a Copa. Certo está Dunga. A Rede Globo com sua postura provou que Dunga sempre esteve certo. A coerência do treinador da seleção brasileira deixou uma lição para todos nós, com pequena modificação de "Che"Guevara: "Hay que endurecer-se, a pesar de perder la razón".
Alberto Luchetti é jornalista 

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Portal Vermelho: e-mail falso sobre fim do 13°

2 DE JUNHO DE 2010 - 15H13

Parlamentares voltam a alertar para e-mail falso sobre fim do 13°

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) alertou, em informação publicada em seu site, para a volta de divulgação pela Internet de e-mails apócrifos dando conta de que a Câmara dos Deputados tenha aprovado o fim do 13º salário. "Mais uma vez volta a circular na Internet uma 'informação' que desinforma e desorganiza o debate no movimento sindical.

Trata-se de mensagem eletrônica que diz que foi aprovado na Câmara dos Deputados o fim do 13º salário. A mensagem é falsa e veiculada em períodos pré-eleitorais, a fim de desmoralizar o Congresso", diz o texto. No final de março de 2006, notícia semelhantes foi amplamente divulgada pela Internet.

O DIAP esclareceu que a proposição que mais se aproximou do tema foi o PL 5.483/01, enviado ao Congresso pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e que tinha por finalidade alterar a CLT, mediante modificação no artigo 618, para permitir a prevalência do negociado sobre o legislado. Ou seja, o projeto autorizava que a negociação coletiva pudesse reduzir ou eliminar direitos trabalhistas. Mas o PL, que havia sido aprovado na Câmara e aguardava votação conclusiva no Senado, foi retirado de tramitação pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo no primeiro ano do primeiro mandato, portanto em 2003.

Resistência


O projeto, elaborado na gestão do ex-ministro do Trabalho e Emprego, ex-deputado e atual senador Francisco Dornelles (PP-RJ), apesar da grande resistência do movimento sindical e da luta do então deputado e atual senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovado na Câmara e enviado para apreciação do Senado. Nesta Casa, a matéria ainda chegou a tramitar sob o número de PLC 134/01.

A resistência e combate ao projeto na Comissão de Trabalho da Câmara foram grandes e a matéria não foi aprovada na comissão, o que obrigou o presidente da Câmara à época, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), a avocar [chamar para si] o projeto para votação diretamente no plenário da Casa.

Entretanto, o presidente Lula, que havia assumido o compromisso de sustar a tramitação do projeto, enviou a Mensagem 78/03, pedindo o arquivamento do PLC 134. Assim, em sessão do dia 10 de abril de 2003, a mensagem foi lida e aprovada pelo plenário do Senado e o projeto definitivamente arquivado. "A "notícia", portanto, é falsa!", reafirma o Diap.

O vice-líder do governo no Congresso, Gilmar Machado (PT-MG), lembrou que ao contrário das notícias falsas o Governo Lula tem ampliado os direitos dos trabalhadores. "Estamos recuperando o salário mínimo, reafirmando direitos trabalhistas. Essa é a pauta, não a retirada de direitos. Essa fase de precarização de direitos foi derrotada com o neoliberalismo e com a era tucana", disse.

O deputado Paulo Rocha (PT-PA) reforçou a conquista dos direitos. "Não existe nada de retirada de direitos, não há nenhuma proposta de reforma trabalhista nem no governo nem na Câmara. Ao contrário, o país está crescendo e a visão do nosso governo é que o crescimento traga ganhos para o trabalhador em vez de retirada de direitos", disse.

O deputado Vicentinho (PT-SP) destacou que "se, de fato, houvesse alguma verdade nessa afirmação nós seríamos os primeiros a denunciar, porque somos os defensores dos trabalhadores. Essa é uma tentativa de informação negativa e sem cabimento. Quem está bem informado sabe que não é verdade", disse.

Fonte: www.ptnacamara.gov.br