domingo, 19 de setembro de 2010

Do Luis Nassif: O fim um ciclo em que a velha mídia foi soberana


Dia após dia, episódio após episódio, vem se confirmando o cenário que traçamos aqui desde meados do ano passado: o suicídio do PSDB apostando as fichas em José Serra; a reestruturação partidária pós-eleições; o novo papel de Aécio Neves no cenário político; o pacto espúrio de Serra com a velha mídia, destruindo a oposição e a reputação dos jornais; os riscos para a liberdade de opinião, caso ele fosse eleito; a perda gradativa de influência da velha mídia.
O provável anúncio da saída de Aécio Neves  marca oficialmente o fim do PSDB e da aliança com a velha mídia carioca-paulista que lhe forneceu a hegemonia política de 1994 a 2002 e a hegemonia sobre a oposição no período posterior.
Daqui para frente, o outrora glorioso PSDB, que em outros tempos encarnou a esperança de racionalidade administrativa, de não-sectarismo, será reduzido a uma reedição do velho PRP (Partido Republicano Paulista), encastelado em São Paulo e comandado por um político – Geraldo Alckmin – sem expressão nacional.

domingo, 12 de setembro de 2010

Do Blog DoLadoDeLá : Covardes!










Como pode a revista semanal de maior circulação do país acusar a ministra-chefe da Casa Civil de beneficiar um empresário a partir de um "esquema", cujo filho dela seria intermediário, e ficar por isso mesmo? O que falta acontecer para as autoridades tomarem uma providência? A sociedade, representada por suas instituições vai ficar calada, assistindo? Não me conformo! A reporcagem foi parar na capa da revista. As reações na blogosfera foram imediatas. No sábado mesmo a ministra veio a público protestar. Afirmou que o jornalista que a entrevistou simplesmente ignorou suas respostas. Disse que irá processar a Veja por danos morais e vai exigir direito de resposta. Só aconselho a ela que não recorra à vara de Pinheiros. Por alguma razão inexplicável, a Editora Abril não perde uma lá. O empresário citado na reporcagem também falou. Disse que não fez denúncia alguma à revista e que não é sócio da empresa citada. Onde chegamos, minha gente? Não é a primeira vez, mas esse procedimento está passando dos limites. Será que teremos que fazer passeata, manifestação e ação civil publica até que a editora se retrate? Está certo que ninguém mais liga para a Veja. Ficam nas soleiras das portas dos apartamentos, amontoadas nas portarias dos prédios e encalhadas nos pontos de venda. Em nove anos teve sua tiragem reduzida em 30%. Mas, mesmo assim, serve de escada para aquele que já foi o mais importante telejornal do país, mas que hoje não passa de um tablóide de gosto duvidoso, ampliar o alcance de uma mentira. É uma afronta à sociedade brasileira, seja contra quem for. Que venha a concorrência internacional, o controle externo sobre os meios de comunicação e o fim das publicidade oficial neste tipo de imprensa leviana. Do jeito que está não dá para ficar. Covardes!

Mauro Carrara: Os atentados terroristas de setembro de 2010

Carta ao Presidente Lula e à Sra. Dilma Rousseff
Os atentados terroristas deste Setembro de 2010
por Mauro Carrara (em nome de muitos, muitos brasileiros)
Senhor presidente, senhora candidata,
Certa vez, ao perceber o limite da tolerância ultrapassado, o diplomata italiano Baldassare Castiglione pronunciou uma frase que incomodou seus colegas e o episcopado romano.
– Perdoando demasiadamente aos que cometem faltas, fazemos uma injustiça contra os que não as cometem.
Baseado nessa sentença, séculos depois, o escritor Émile Zolá escreveu no L’Aurore o célebre artigo J’accuse (Eu acuso), em que aponta os poderosos conspiradores e malfeitores que haviam destruído a reputação e a vida do capitão do exército francês Alfred Dreyfus, injustamente acusado e condenado por traição.
Em seu ácido, duro e brilhante texto, Zolá denuncia cada um dos responsáveis pela produção de falsas provas, assim como a parcela da imprensa que se empenhou em iludir o público e incitar o ódio contra o militar e seus defensores.
O escritor ergue o dedo na direção dos veículos de comunicação que se juntaram à conspiração. Vale recordar o trecho:
– Eu acuso os gabinetes de guerra de terem liderado na imprensa, particularmente no L’Éclair e no L’Écho de Paris, uma campanha abominável para distrair a opinião e encobrir seus erros.
Hoje, no Brasil, assistimos atônitos a uma série de atentados terroristas praticados pela mídia, mais especificamente pelas Organizações Globo, pela Editora Abril (sobretudo por meio da revista Veja), pela Folha de S. Paulo e pelos veículos do Grupo Estado.
Por conta de interesses eleitorais, esses veículos de comunicação converteram-se em núcleos de terrorismo organizado, servindo especialmente aos partidos neoconservadores, o PSDB, de José Serra, e o DEM.
Liderados pelo Instituto Millenium praticam diariamente atentados contra a Democracia e o Estado de Direito.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Do Carta Maior: DEBATE ABERTO

Infâmias, aleivosias, manipulações, sofismas, casuísmos...

Nunca, em tempo algum, nessas mais de duas décadas de militância na imprensa alternativa, jamais vi comportamento tão escancaradamente vil, obsceno, despudorado e antiético por parte da grande imprensa.
Lula Miranda                                           Data: 10/09/2010
Infâmias, aleivosias, manipulações, sofismas, casuísmos, golpismo, “denuncismo” seletivo, “manchetismo” de ocasião [tão efêmeros quanto grandiloqüentes e estéreis]... A lista de ardis e procedimentos antiéticos utilizados pela grande mídia em nosso país nos dias que correm é vasta. Não resisto ao simbolismo da comparação: são como uma espécie de entulho moral, um monte de lixo de práticas escusas, sob o qual, “cavoucando” bem, encontraríamos aos tais [quiméricos?] princípios de pluralismo, da independência, do apartidarismo e do imparcialismo, que deveriam ser os fundamentos do exercício do jornalismo e ilustram, desgraçadamente como meros adornos, os Manuais de Redação.

domingo, 5 de setembro de 2010

Do Balaio do Kotscho: Mas que misteriosos dossiês são estes?

Violar o sigilo fiscal de qualquer cidadão é crime. Os responsáveis devem ser identificados, julgados e severamente punidos. Não importa qual seja a motivação ou a finalidade do ato praticado pelos meliantes. Ponto.
Feita a premissa, que nem seria necessária se não estivéssemos no calor de uma disputa eleitoral, o fato é que a novela dos dossiês sobre as declarações de imposto de renda de amigos e parentes ligados ao candidato José Serra virou o  tema central da campanha presidencial no noticiário da imprensa nestes últimos dias.
Desde junho, quando surgiram as primeiras denúncias da quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB, até o capítulo mais recente, que envolve Verônica Serra, filha do candidato, atribui-se a responsabilidade ao PT e à campanha de Dilma Rousseff.  
Mas que misteriosos dossiês são estes? O que eles contêm de tão grave que possam influenciar o eleitorado? O que estes dossiês escondem que a gente não possa saber?
Até o momento em que escrevo, no meio da tarde desta quarta-feira, tudo é muito nebuloso, mal contado, esquisito. Sabemos agora que o sigilo de Verônica Serra foi quebrado por um contador que usou procuração falsificada, em setembro do ano passado, quando o quadro das candidaturas presidenciais nem estava definido.
Mesmo que estivesse, e que esta sandice tenha sido praticada por alguém ligado ao PT, que vantagem a campanha de Dilma levaria ao fazer um dossiê com dados fiscais de pessoas que a grande maioria da população nem conhece, nunca ouviu falar? Se alguém faz um dossiê, imagina-se que seja para divulgá-lo com o objetivo de prejudicar o adversário. Em algum momento isto foi feito?
Por que esta história só surge agora, na antevéspera das eleições, no momento em que todas as pesquisas eleitorais mostram ampla vantagem de Dilma Rousseff sobre José Serra, com possibilidades de vencer no primeiro turno? Quem ganha com isso?
O que leva a maior rede de TV do país a dedicar um terço do “Jornal Nacional” unicamente a este assunto, como se fosse mais um anúncio do fim do mundo?
Tudo faz lembrar o chamado “escândalo dos aloprados”, mais ou menos neste mesmo período da campanha eleitoral de 2006, quando pessoas ligadas ao PT foram acusadas de comprar um dossiê com denúncias contra tucanos. Até hoje ninguém sabe o que continha o tal dossiê, que só serviu para levar a reeleição de Lula para o segundo turno.
O único efeito prático do atual caso, até agora, foi ter dado um discurso a José Serra. Num encontro com prefeitos na noite de terça-feira, em São Paulo, o candidato da oposição mandou bala: disse que Dilma era uma “fraude”, acusou o PT de “sordidez” e chamou seus militantes de “fascistas”.
Para ele, o governo é uma “máquina partidária que ameaça e persegue as pessoas evidentemente a serviço de uma operação político-partidária e eleitoral”.
A aliança de Serra pediu no mesmo dia ao TSE a cassação do registro de Dilma. A direção do PT também decidiu entrar na Justiça para processar José Serra por acusações caluniosas. A candidata, por sua vez, chamou o tucano de “leviano” por cometer “calúnia para levar vantagem eleitoral”.
Do lado de fora, sem entender muito o que está acontecendo, o eleitorado acompanha os acontecimentos e só espera que a eleição presidencial não seja decidida no tapetão.

sábado, 4 de setembro de 2010

Lula detona o Serra: quer ganhar eleição? vá para rua pedir votos.