segunda-feira, 28 de março de 2011

Do Tijolaço: BBB11 termina. E os abusos da Globo continuam

Brizola Neto: BBB11 termina. E os abusos da Globo continuam

Mais cedo postei o artigo (insuspeito, de um dirigente de banco multinacional) falando do peso da educação no desenvolvimento chinês. Agora, antes de almoçar, leio uma matéria que seria irônica, se não fosse trágica. E, também, no insuspeitíssimo O Globo.

É que o blog do Big Brother, certamente por distração de seus mentores, publica a seguinte informação:



“Na quarta-feira, 30 de março, existirão 169 ex-integrantes do “Big Brother Brasil”. Um número que chama atenção ao ser posto, lado a lado, ao de profissionais com carteira assinada em algumas atividades regulamentadas pelo Ministério do Trabalho: hoje, no Brasil, existem 18 geoquímicos, 34 oceanógrafos, 77 médicos homeopatas e 147 arqueólogos, entre outros ofícios. No entanto, na mesma quarta, alguém estará R$ 1,5 milhão mais rico (ou menos pobre, dependendo do ponto de vista), e não será um desses trabalhadores.”
Pois é. Mas o que o “brother” vai ganhar é nada, perto do que a Globo fatura. Ano passado foram R$ 300 milhões; em 2011, estima-se, R$ 400 milhões. E fatura porque as grandes empresas pagam para patrocinar.

Não tenho notícia de uma grande empresa patrocinando uma universidade. Não tenho notícia de uma multinacional investindo na formação de oceanógrafos, ou de arqueólogos, ou de homeopatas, ou geoquímicos. Nem vejo os nossos gloriosos colunistas dizendo que as empresas devem ter uma função social, como prevê, desde 1946, a nossa Constituição.